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domingo, 16 de janeiro de 2011

Sonhos de Audele

Oi gente!
Vocês já sabem que eu jogo RPG, certo?
Algum tempo atrás eu joguei um RPG por cartas. Sim, por cartas! *-*. O jogo se passava em 1920. No jogo meu nome era Milina Blackmore, eu era uma colunista inglesa. A minha coluna na revista era sobre sonhos, onde era escrito sonhos, que eu tinha que inventar, das minhas queridas leitoras...
Aqui vão algumas cartas de Audele Kreulein para a Coluna Sonhos e Mistérios da mente *-*




Viena, 22 de Julho, 1920

A Srta. Milina Blackmoore

Colunista da Revista “Essence of Womam”, “Sonhos e mistérios da mente”.

Milina, o sonho dessa noite é um dos mais estranhos. Eu não existia. Ou se existia, não era eu. Era como se eu fosse os sonhos que venho tendo. Como se eu fosse o que causa esses sonhos. Eu era má, mas não me sentia assim...

Era uma casa bonita, obras de arte enfeitavam a sala. Pinturas alegres, verdes, coloridas. A lareira estava acesa e o fogo se distraía em uma dança lenta. Um círculo pulsante, ritímico, como uma dança indígina. Apesar das pinturas alegres, a casa assumia um aspecto doentio. Sua iluminação era fraca, como em tom sépia... Porém, com cores. Isso é possível? Tudo era tão triste, eu achava tudo muito belo.

Ela parecia muito assustada, eu gostava disso. Me fortalecia. Era como se eu começasse a esxistir, a nascer. O medo dela me tornava real, me fazia rir, me fazia sentir.

Ela arremessava objetos em mim; cadeiras, vasos, pratos, facas... Tudo que estivesse ao seu alcance. Ri de satisfação. Ela não teria como me atingir, ela me amava, não podia machucar alguém que ama. E em um acesso de loucura, sangrando, trancou-se em um quarto.

Fraca, fraca...

Milina, eu não sou uma má pessoa. Por que eu gostava do desespero daquela mulher? Por que eu me fortalecia com seu medo?

Estou assustada.

Beijos...

Srta. Audele Kreulein

Viena, 27 de Julho, 1920

A Srta. Milina Blackmoore

Colunista da Revista “Essence of Womam”, “Sonhos e mistérios da mente”.

Tudo era muito psicodélico... Tudo girava... Nada fazia sentido.

O mundo estava banhado em sangue e cinzas. Soldados marchavam como bonecos. Frios, cauculistas. Dragões de prata causavam chuvas de fogo.

Um garoto, uma criança, morta, facilmente descartado, caía em um buraco. Uma fada comia uma sombrinha como quem come cogumelo.

O mundo estava perdido, o céu estava desabando, o diabo estava solto e disposto a tê-lo.

- Te darei a salvação – Ele dizia – Somente os fortes sobrevivem.

Bem, por hoje é isso. ^^
Eu disse que ia postar a história de Any Vladivostok, não foi? :X. Eu prometo que logo logo postarei... :)

4 comentários:

Clara Rennó disse...

Cara, que máximo.
Adorei...

Jamais joguei RPG, embora meu irmão sempre quisesse arrumar um jeito me enfiar no meio do grupo de RPG dele quando eu era novinha.... mas eu nunca ia porque eles eram mais velhos e eu me sentiria estranha.
Morro de vontade de jogar. ^^

Jorge Davi disse...

Legal! (:

Stéphanie disse...

Poxa, super legal. E esse debaixo me lembrou algo...

Patrícia Melo disse...

Nunca ouvi falar desse jogo... deve ser legal :D